Aço, ferro, alumínio, níquel, cobre e estanho são as principais matérias-primas que escasseiam na indústria portuguesa da metalurgia e da metalomecânica. A falta e o aumento do custo destes materiais são o principal entrave ao crescimento do negócio, segundo um inquérito realizado em março.
O vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e afins de Portugal (AIMMAP), Rafael Campos Pereira, diz ao “Jornal de Negócios” que por causa destas dificuldades, “algumas empresas temem poder vir a ser obrigadas a parar a sua atividade a curto e médio prazo”.
Segundo o inquérito, 44% das firmas apontavam como principais obstáculos ao crescimento a escassez e o aumento do custo das matérias-primas. A segunda dificuldade, sinalizada por 10% dos inquiridos, são os impostos. O estudo foi realizado no final de março junto de mais de uma centena de associados, especialmente Pequenas e Médias Empresas exportadoras.
“Têm enormes dificuldades em comprar e, quando as conseguem encontrar, os preços são proibitivos", explica o vice-presidente da AIMMAP que aponta como principal consequência a perda de "competitividade face aos concorrentes turcos e asiáticos”.