Exclusivo

Economia

Há uma nova divergência entre Novo Banco e Fundo de Resolução

Interpretações de norma contabilística e Espanha intensificam tensão entre banco e acionista... e Governo

José Carlos Carvalho

Há uma nova — e terceira — divergência entre o Novo Banco e o Fundo de Resolução. Já se sabe que a contabilização da sucursal espanhola do banco nas contas de 2020 não é consensual e de trás já vem o diferendo sobre a forma de aplicação de um regime contabilístico (IFRS 9), a ser discutido em tribunal arbitral. Ora, há um outro conflito entre as partes, integrado também naquela norma contabilística, que deverá igualmente ser alvo de arbitragem. O ambiente de oposição entre o banco e o Fundo (sem tirar o Governo desta equação) está a aumentar.

A decisão e o volta atrás do Novo Banco sobre esta norma contabilística — cuja aplicação tem consequências no cálculo de perdas em créditos e, portanto, no capital — já tinha levado o Fundo de Resolução a rejeitar colocar €226 milhões no banco nas contas de 2019.