Há portugueses que, no fim deste mês, vão ter de começar a pagar créditos normalmente. Os alertas sobre uma bomba-relógio prestes a explodir foram ecoados pelos partidos mais à esquerda. A banca considera que, para já, não há grande risco e segue em negociações com clientes caso a caso. A associação de defesa do consumidor Deco mostra-se preocupada.
Porém, a maioria dos créditos, sobretudo a empresas, só em setembro retoma o pagamento de prestações. O Governo não fala, mas no Banco de Fomento pretende-se que as medidas para ajudar as empresas estejam no terreno tendo em conta esse prazo. Os economistas com quem o Expresso falou não transpiram otimismo. Haverá malparado e insolvências, mas os supervisores têm garantido estabilidade. “Vamos agora descobrir se eles estão certos”, atira o economista Ricardo Reis.