A EDP Distribuição, concessionária da distribuição de eletricidade em baixa e média tensão, vai assumir a partir desta sexta-feira, 29 de janeiro, a nova marca E-Redes, mudando também a designação da empresa e trocando na sua imagem o vermelho pelo amarelo.
A mudança de marca foi uma imposição da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), como solução para diferenciar os negócios e empresas do grupo EDP, evitando a confusão dos consumidores entre a atividade regulada de distribuição, a cargo da agora E-Redes, e a atividade liberalizada de comercialização, pela EDP Comercial.
No passado o regulador também determinou a separação de marcas relativamente à comercialização regulada, o que levou a EDP Serviço Universal a alterar a sua marca para SU Eletricidade.
A mudança de marca para E-Redes envolveu um investimento próximo de 2 milhões de euros, indicou o presidente da empresa, João Torres, numa conferência de imprensa realizada de forma virtual esta quinta-feira. O gestor assegurou que a despesa foi feita de forma a conseguir uma "neutralidade de custos" e evitar que o encargo onere os consumidores de eletricidade.
"É uma nova marca que reafirma tudo o que se mantém", notou João Torres.
Na conferência de imprensa o presidente da E-Redes informou ainda que no ano passado o número de cortes de abastecimento realizados pela empresa caiu 30% face ao ano passado, e indicou que no capítulo das redes inteligentes 2020 fechou com um total de 3,2 milhões de contadores inteligentes já instalados no país.
Questionado sobre o parecer negativo que o regulador de energia deu ao plano de investimento para a rede de distribuição, João Torres declarou que a E-Redes ainda está a trabalhar na sua resposta, que deverá acatar as recomendações da ERSE (no sentido de adiar vários investimentos), mas fazendo notar os riscos que a não realização dos investimentos acarreta.
"Não é este ajustamento ao plano que vai pôr em causa a segurança de abastecimento, mas introduz alguns riscos", afirmou João Torres.
O mesmo responsável reiterou ainda a vontade da empresa de concorrer aos concursos para a concessão da rede de baixa tensão, concursos que deverão avançar este ano e que poderão vir a retirar à EDP o negócio da distribuição na baixa tensão, deixando a elétrica apenas com a distribuição em média tensão. Mas João Torres acredita que a EDP tem condições para permanecer à frente desta concessão. "Confiamos naquilo que já fizemos. Temos um currículo que nos faz olhar para as concessões de baixa tensão com otimismo", afirmou.