"Esclarecimento sobre a utilização de máscaras destinadas à utilização de máscaras destinadas no âmbito da covid-19". É este o título de um comunicado conjunto das associações do sector têxtil e do vestuário ATP e ANIVEC sobre a polémica à volta das máscaras, numa tentativa de "esclarecer e tranquilizar" os consumidores no momento em que alguns países europeus começam a definir novas regras de proteção relativas às máscaras.
E, para isso, recordam a diretiva emitida a 14 de Abril 2020, pela DGS, SNS, IPQ, ASAE, INFARMED, que identifica as especificações técnicas e a categorização de máscaras por tipo de utilizador, identificando dois níveis para as máscaras têxteis:
Nível 2: Máscaras destinadas à utilização por profissionais que não sendo da saúde estão expostos ao contacto com um elevado número de indivíduos.
Nível 3: Máscaras destinadas à promoção da proteção de grupo (utilização por indivíduos no contexto da sua atividade profissional, utilização por indivíduos que contactam com outros indivíduos portadores de qualquer tipo de máscara e utilização nas saídas autorizadas em contexto de confinamento, nomeadamente em espaços interiores com múltiplas pessoas).
O que as distingue? A diferença entre estes dois níveis reside no desempenho da filtração de partículas, sendo acima de 70% para as de nível 3 e acima de 90% para nível 2.
E que garantia tem o consumidor? Um dos testes que carateriza a capacidade de filtração é a norma EN 14683:2019, a mesma que é utilizada tanto para as máscaras têxteis como para as máscaras cirúrgicas Tipo I (>=95%), Tipo II (>= 98%) e Tipo IIR (>= 98% com repelência ao sangue), o que demonstra a confiabilidade dos testes de ensaio, explicam.
Respiradores FFP2: Têm m um requisito de filtragem superior ou igual a 94%,
Respiradores FFP3 : Têm um requisito de filtragem acima de 98%, testado pela norma EN 149: 2001 + A1:2009.
Sobre a atual polémica à volta da decisão de países como a Alemanha recomendarem a utilização de máscaras do tipo FFP2 nos transportes públicos e estabelecimentos comerciais, ATP e ANIVEC fazem questão de recordar que "durante o período da pandemia as máscaras têxteis foram utilizadas por milhões de pessoas, tendo demonstrado serem capazes de as proteger adequadamente".
Admitem, no entanto, que "na situação atual em que existem novas estripes do SARS COV 2, com maior capacidade de contágio, será necessário fazer uma avaliação científica, que clarifique se as máscaras de nível 3 (filtração de partículas >= a 70%) deixaram de ser eficazes"
Já para as máscaras de nível 2 (filtração de partículas acima de 90%), há garantia de "um nível de eficácia de retenção de partículas ao mesmo nível das cirúrgicas, pelo que qualquer discriminação relativa às máscaras de nível 2, não tem nenhuma razão sustentada cientificamente", assumem.