O CEO interino da TAP, Ramiro Sequeira, viu o seu salário duplicar no ano passado, passando dos 17 mil euros mensais brutos para os 35 mil euros, quando assumiu as novas funções de caracter provisório. No entanto, o futuro presidente-executivo da TAP deverá ganhar muito mais do que esse valor, tendo em conta o cenário atual do mercado internacional.
Segundo o consultor Pedro Sommer de Carvalho, especializado em planos de remuneração, ouvido pelo "Jornal Económico", "uma ordem de grandeza aceitável nas atuais condições de mercado para contratar um executivo para uma companheira europeia de bandeira da dimensão da TAP ronda um valor total de 1,5 milhões de euros, cabendo um milhão de euros à remuneração fixa e 0,5 milhões à componente variável". Estes valores podem, no entanto, descer até aos 700 mil euros anuais.
Ao "Jornal Económico", várias especialistas consideram também que a contratação de um CEO com os conhecimentos necessários relativamente a outras companhias aéreas, transportadoras de referência, principais mercados para levantar fundos e até que conheça os principais representantes dos principais fabricantes de aviões dificilmente será feita por 1,5 milhões de euros anuais.
Segundo os padrões internacionais para a remuneração aplicada aos executivos, existem verbas destinadas à fixação de estrangeiros, com participação no pagamento de rendas, de colégios para os filhos, prémios semestrais, anuais e plurianuais, conforme a concretização de objetivos.