O Banco Montepio prepara-se para pedir ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação, segundo avança o jornal digital “ECO”. Com o recurso a esta medida excecional que está prevista na lei laboral, o banco da mutualista abre a porta a uma redução de cerca de 20% do pessoal, ou seja, 800 trabalhadores, que custarão ao banco cerca de 80 milhões de euros.
Oficialmente, o presidente do conselho de administração e o presidente da comissão executiva do Banco Montepio, Carlos Tavares e Pedro Leitão, responderam apenas que o banco “está a ajustar processos e a estudar a sua dimensão, tal como foi partilhado com os colaboradores e as respetivas estruturas”. No entanto, outras fontes asseguraram ao ECO que a administração do Banco Montepio já informou o Banco de Portugal deste plano de reestruturação.
Ao solicitar o estatuto de empresa em reestruturação, o Montepio quer procura flexibilizar acordos com trabalhadores com vista a uma rescisão amigável, mantendo estes o direito ao subsídio de desemprego. Em junho, tinha já sido anunciado o encerramento de 31 balcões. O banco fechou o primeiro semestre do ano com prejuízos de mais de 50 milhões de euros. Além disso, o jornal também diz ter informações de que Dulce Mota, vice-presidente executiva e que chegou a ser CEO interinamente durante quase um ano, irá sair do banco.