Economia

Mário Ferreira nega ter sido ouvido pela CMVM a propósito do negócio com a dona da TVI

Ao Expresso, o empresário garante que vai haver agir judicialmente contra o Jornal de Negócios, que publicou a notícia

Vinte e cinco anos depois de se lançar com um pequeno barco no Douro, Mário Ferreira dirige um império avaliado em 625 milhões de euros.
Rui Duarte Silva

Mário Ferreira negou ao Expresso ter sido ouvido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a propósito de uma eventual concertação entre o empresário que se prepara para ficar como maior acionista da Media Capital e a Prisa, antiga detentora da dona da TVI. A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo “Jornal de Negócios”.

O homem forte da Douro Azul, empresa de cruzeiros fluviais, garante que nem nem ele nem os seus advogados foram ouvidos pela CMVM. E promete agir judicialmente contra o “Jornal de Negócios”, propriedade do grupo Cofina, que desistiu em março da compra da Media Capital, com o casamento à vista. Entretanto, ainda está em curso uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre 100% da Media Capital por parte do grupo detentor, para além do “Negócios”, do “Correio da Manhã” e da “Sábado”, entre outros.

Contactada pelo Expresso, a CMVM não faz comentários sobre a suposta audição. O Expresso questionou ainda Cristina Ferreira sobre o assunto e aguarda por um comentário da apresentadora.

De acordo com o “Jornal de Negócios”, o regulador pretende apurar se existe concertação no negócio entre a Prisa e a Pluris, empresa detida por Mário Ferreira, que comprou 30,22% da sociedade. Concluindo a CMVM pela existência de concertação, Mário Ferreira pode ser obrigado a lançar uma OPA sobre a Media Capital. Terão sido também ouvidos o anterior presidente executivo, Luís Cabral, e outros elementos da anterior e atual equipa da dona do canal de televisão.