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Devedores escondidos e compradores de ativos por descobrir: um resumo da auditoria que mostra falhas no BES mas também no Novo Banco

Deloitte encontrou fragilidades sobretudo na época de Ricardo Salgado, mas levantou o véu sobre alguns procedimentos no Novo Banco. PGR não vê razões para desconfiar do que se passou na venda de blocos de imóveis. Parlamento discute o que vai fazer com o banco

António Ramalho, presidente do Novo Banco
Alberto frias

Os contribuintes têm emprestado dinheiro ao Novo Banco, há uma auditoria que conclui quais os devedores que mais justificam essa necessidade de ajuda estatal, essa auditoria foi divulgada, mas não é por ela que os contribuintes sabem que devedores são esses. Estão escondidos. O que se sabe, segundo conclui a autora do relatório, a Deloitte, é que muitas eram as falhas do antigo BES na hora de dar crédito, mas que o Novo Banco também regista incumprimentos na hora de se desfazer dos erros do passado.

Estes são dados para serem discutidos numa eventual futura comissão de inquérito à instituição financeira, para a qual os partidos têm aberto portas, e que são divulgados precisamente no mesmo dia em que o Governo revelou (mais de uma semana depois de receber a resposta) que a Procuradoria-Geral da República não vê razões para travar futuras vendas de ativos tóxicos do Novo Banco.