A Altice vai encerrar até ao final de setembro os portais internacionais do Sapo, designadamente em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste, passando a operar apenas a partir de Portugal, avançou a Lusa, citando fonte oficial da empresa liderada por Alexandre Fonseca.
O Sapo Internacional foi um projeto muito acarinhado pela antiga Portugal Telecom. Foi criado em 2008 com o objetivo de ser um instrumento de diplomacia da empresa e de Portugal nos mercados onde estava, nomeadamente os países de língua oficial portuguesa e Timor Leste. O Sapo era um portal que difundia notícias, mas pretendia ser também um espaço de divulgação cultural e social.
“Depois de muita reflexão, foi decidido centralmente que o projeto Sapo irá operar apenas a partir de Portugal, encerrando as operações locais. Significa isto que a partir de 30 de setembro o Sapo continuará a servir globalmente conteúdos lusófonos a partir de Portugal, mas deixará de contar com a operação noutras geografias”, adiantou a Altice.
Segundo precisou, “no âmbito laboral todo o processo foi amigável, através de uma rescisão por mútuo acordo com os colaboradores”, cujo número não foi revelado.
O Sapo foi a única marca de internacionalização mantida pela Altice depois de comprar a PT Portugal aos brasileiros da Oi, com quem a empresa portuguesa se tinha fundido.
Iniciado em 2008, o processo de internacionalização do Sapo arrancou com os portais Sapo Angola e Cabo Verde, seguindo-se Moçambique no ano seguinte e o Sapo Timor-Leste em setembro de 2010.
Estes portais internacionais do Sapo funcionavam como agregadores de conteúdos, através de parcerias locais com vários meios de comunicação social, e, além de notícias, disponibilizavam áreas temáticas dedicadas a emprego, economia, cultura, desporto, blogues ou ‘lifestyle’.