A pandemia está a fazer estragos nos rácios que medem a solvabilidade do Novo Banco e do Banco Montepio. Se houve uma descida generalizada nos grandes bancos nacionais, a quebra do rácio de capital mais exigente foi mais significativa para estes dois bancos — os únicos que apresentaram prejuízos semestrais. O Banco Central Europeu (BCE) decretou um alívio nas exigências, para que os bancos possam operar abaixo dos níveis anteriormente requeridos e possam financiar a economia e absorver as perdas sentidas, pelo que esta é uma preocupação adiada para o médio prazo. Mas no Novo Banco a questão ganha relevância, pois este indicador é um dos que é tido em conta na hora de pedir injeções ao Fundo de Resolução e indiretamente aos contribuintes.
No final de junho, depois de um semestre com prejuízos de €555 milhões, o Novo Banco apresentava um rácio de capital CET1 (common equity tier 1), que mede o peso dos melhores fundos próprios da instituição, de 12%, o que representa uma descida de 1,5 pontos percentuais em relação ao rácio de 13,5% que se registou no final de dezembro e que era também o registado em junho de 2019.