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Economia

Empréstimo tarda, mas estará a chegar à Efacec

Os 50 milhões de euros do empréstimo entram a qualquer momento. E&Y já avalia empresa. Prejuízo em 2019 foi de 29 milhões de euros

Foto Rui Duarte Silva

A expectativa é grande, e está a ser feito um enorme esforço para que o empréstimo de €50 milhões garantidos pelo Estado chegue à Efacec nos primeiros dias de agosto. A previsão era a de que chegasse na sexta-feira, mas tal acabou por não acontecer. O cenário repete-se semana após semana, desde que o ministro da Economia anunciou que o Governo tinha nacionalizado os 71,37% de Isabel dos Santos na Efacec — o empréstimo está mesmo para chegar mas afinal ainda falta acertar detalhes. Os bancos já chegaram a acordo, mas ainda falta formalizar o contrato. Há muitas partes envolvidas e não tem sido fácil satisfazer todas. Mas o empréstimo é fundamental para que a empresa normalize a sua atividade.

O financiamento será feito pelos cinco bancos que concederam crédito à Efacec: CGD, BCP, Novo Banco, BPI e Montepio. E as condições e montante decorrem da proporção do financiamento que cada um tem junto da empresa, cobrindo a garantia do Estado 90% do total financiado. O Ministério das Finanças remete-se ao silêncio sobre a data de entrada do empréstimo e nada confirma sobre quais são as empresas que irão avaliar a Efacec no âmbito do processo de privatização que se seguirá e que têm também como missão determinar o eventual valor da indemnização a pagar pela nacionalização. O Expresso já noticiou que a auditora E&Y está a avaliar a Efacec. Mas terá de haver outra entidade independente a fazer a avaliação da empresa, só que não foi possível apurar qual será. E há urgência neste processo, já que a privatização deverá decorrer ainda este ano.

As contas de 2019 da Efacec foram entretanto aprovadas, a 24 de julho, pelo Conselho de Administração, mas ainda não foram divulgadas. A empresa terá tido, soube o Expresso, um prejuízo que rondará os €29 milhões. As contas só serão publicadas depois de aprovadas em assembleia-geral, numa reunião que ainda não foi marcada.