Economia

Lucros da Impresa caem 94,9% para 178,2 mil euros

No cômputo geral do primeiro semestre de 2020, a Impresa atingiu um EBITDA (lucros operacionais) de 8,3 milhões de euros, um decréscimo de 3,3 milhões face ao período homólogo de 2019

A Impresa fechou o primeiro semestre de 2020 com um resultado positivo de 178,2 mil euros, o que configura um recuo de 94,9% face ao mesmo período do ano passado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa refere que os lucros do semestre "atingiram 0,2 milhões de euros, representando uma diminuição de 3,3 milhões de euros face aos primeiros seis meses do ano passado".

No primeiro trimestre, a proprietária da SIC e do Expresso melhorou o EBITDA (lucros operacionais) em 17,7% relativamente ao primeiro trimestre de 2019, mas no segundo trimestre, a queda em receitas totais foi de 19,2% (9,2 milhões de euros), o que provocou uma queda no EBITDA de 5,9 milhões de euros.

No cômputo geral do primeiro semestre, a Impresa atingiu um EBITDA de 8,3 milhões de euros, um decréscimo de 3,3 milhões - menos 28%, relativamente ao período homólogo de 2019.

Os custos operacionais diminuíram 9,3% para 70 milhões de euros.

As receitas de publicidade caíram 14,5% para 47,4 milhões de euros, as de subscrição de canais recuaram 6% para 16,5 milhões de euros, enquanto as de IVR [chamadas de valor acrescentado] subiram 6,2% para 6,7 milhões de euros, tal como as de circulação, que evoluíram positivamente 2,8% para 4,9 milhões de euros.

"Nos primeiros seis meses de 2020, verificou-se ainda um aumento de 3% no total das vendas de publicações, nas versões em papel e digital", refere a Impresa, salientando que receitas de publicidade recuaram devido à pandemia de covid-19.

As receitas de televisão caíram 10,7% para 67,2 milhões de euros e as de 'publishing' recuaram 15,4% para 10,2 milhões de euros, no período em análise.

No segmento de 'publishing', detalhando por fonte, "as receitas de circulação cresceram 2,8% para cinco milhões de euros, destacando-se, pela positiva, os proveitos relativos à subscrição digital do Expresso, os quais aumentaram em 41%, em termos homólogos, representando 23% do total das receitas de circulação".

A aposta no digital "refletiu-se no peso no total das receitas de publicidade e circulação, representando atualmente 22% de proveitos da área do 'publishing'".

As Obrigações SIC 2019-2022, admitidas à negociação em mercado regulamentado (Euronext Lisbon), em 10 de julho de 2019, terminaram o primeiro semestre "a transacionar acima do par (102%), tendo oscilado entre os 95% e os 104,99%, durante este período", refere a Impresa.

"O número médio de obrigações transacionadas em cada sessão do semestre foi de 20.862", adianta.

"Em cumprimento do Plano Estratégico para o triénio 2020-2022, a Impresa complementará as suas atuais atividades com o crescimento para novas plataformas, indo ao encontro de mais e novas audiências e aumentando e diversificando o seu portfolio de conteúdos", refere a Impresa relativamente às perspetivas.

"Face à incerteza que esta situação ainda regista, a Impresa continuará a implementar procedimentos para proteger a saúde dos seus trabalhadores, a monitorizar as implicações económicas da covid-19, e, em particular, a identificação de potenciais fontes de risco para a atividade das suas subsidiárias", conclui.