Provavelmente, nem nos seus piores pesadelos António Costa terá imaginado há um ano, no último debate do Estado da Nação, o cenário de crise económica e social que o seu Governo teria hoje pela frente.

Na altura, o Executivo fazia o balanço da legislatura, destacando uma economia a crescer acima da média europeia e com o desemprego a recuar para níveis que não eram vistos desde os primeiros anos do século. Mais ainda, após as eleições de outubro, a segunda legislatura de Costa arrancou com promessas de novo impulso no aumento do salário mínimo e de negociação de um acordo na concertação social para acelerar a subida dos salários.