Uma das perguntas que pairam no ar desde que o Banco Espírito Santo (BES) entrou em colapso no verão de 2014 mantém-se tão atual como naquela época, pelo menos para todos os clientes que perderam as suas poupanças nessa derrocada. Afinal, houve ou não dinheiro e património controlados por Ricardo Salgado que ficaram escondidos lá fora já depois de lhe serem instaurados inquéritos-crime à sua conduta e que, de alguma forma, conseguiram escapar às malhas que a Justiça foi tecendo desde então?
A resposta parece ser sim. No meio das mais de quatro mil páginas do despacho de acusação que esta semana pôs termo a uma parte importante da intensa investigação desenvolvida pelo Ministério Público aos comportamentos criminosos que estão por trás da queda do BES, é possível concluir que pelo menos um hotel em Miami e uma conta bancária em Macau ficaram fora do alcance dos arrestos promovidos aos imóveis e ativos financeiros do banqueiro e dos elementos da família Espírito Santo implicados naquilo que os procuradores descrevem como uma associação criminosa.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.