O Estado espanhol não tenciona entrar no capital da Iberia, mas, em vez disso, concebeu um amplo plano de ajudas para mitigar a grave crise financeira que atinge esta companhia aérea, tal como sucede às outras do mesmo sector em todo o planeta. As especiais características do consórcio hispano-britânico IAG, no qual estão integradas a Iberia, a Vueling, a British Airways, a Air Lingus, a Level e a Más, torna especialmente difícil a aceitação, por parte das autoridades da União Europeia, dos programas de ajuda direta, que acabariam por favorecer o ‘Brexit’ e colocar em inferioridade as restantes companhias aéreas comunitárias.
O Governo aprovou no dia 3 de julho a criação de um Fundo de Apoio à Solvência de Empresas Estratégicas, que, na opinião dos especialistas, se destina quase exclusivamente a instrumentalizar os apoios financeiros à Iberia, Vueling, Air Europa, Air Nostrum e Binter, as quais constituem o núcleo básico das linhas aéreas regulares espanholas. Este fundo, cujo regulamento ainda não foi elaborado, contará com uma dotação inicial de €10 mil milhões. A Iberia já recebeu, através de empréstimos em condições favoráveis concedidos pelo Instituto de Crédito Oficial (ICO), que são garantidos pelo Estado em 70%, €750 milhões. €140 milhões foram destinados à Air Europa, €130 à Air Nostrum e €100 à Volotea.
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