Dos 18 acusados pelo Ministério Público da prática de crimes no BES e no GES, apenas sete foram ouvidos em sede de audição na comissão de inquérito à gestão do grupo que se realizou há cinco anos. Dois deles foram Morais Pires e Isabel Almeida, antigos administrador e diretora financeira do banco. Ambos são apontados pela equipa de procuradores como tendo participado na associação criminosa liderada por Ricardo Salgado, mas, naquela iniciativa parlamentar, já estavam de costas voltadas.
“Em nenhum momento”, disse Isabel Almeida aos deputados, as suas ações foram movidas “pela obtenção de benefícios pessoais”. “Nunca tomei decisões sem instruções de Morais Pires”, defendeu-se (quando já era arguida na investigação judicial), acusando-o de renegar “18 anos de trabalho conjunto”. Já o seu superior hierárquico, Morais Pires, afirmou que Isabel Almeida reportava a qualquer administrador, não apenas a ele, e argumentou que não era o “faz tudo” do BES — e que Salgado, o “Dono Disto Tudo”, até controlava departamentos habitualmente confiados ao administrador financeiro.
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