A 22 de dezembro de 2005, o jornal Público fazia manchete com a notícia de que a Polícia Judiciária desmantelara uma rede que tinha criado um esquema complexo de burla informática a um banco. A investigação, a decorrer nos Açores, foi denominada Em Busca dos Euros Perdidos.
Nesse mesmo dia de 2005, o então presidente executivo do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, criou uma sociedade num distante país da América Latina visto como um paraíso fiscal, o Belize. Chamou-se Parwick Investments Limited. Essa sociedade abriu uma conta no banco que o Grupo Espírito Santo tinha no Panamá. E ali foram chegando pagamentos a Salgado que o Ministério Público considera terem lesado o grupo e que constam da acusação deduzida no processo Universo Espírito Santo – os euros perdidos, por conta dos prejuízos causados pelo conjunto de 25 arguidos, estão calculados em 11,8 mil milhões de euros.