Economia

Dois campeões da produção industrial reforçam fé na retoma das exportações

Projetos Expresso. "Os Nossos Campeões" está de volta com um conjunto de entrevistas a dois e uma cimeira online para dar a conhecer as dificuldades que os selecionados enfrentaram ao longo da pandemia. Após a indústria agroalimentar e o sector do turismo, o projeto - que junta Expresso e Novo Banco para dar a conhecer figuras de destaque em diferentes áreas da sociedade - centra agora atenções na indústria, que terá uma summit digital na próxima terça-feira, 7 de julho, para discutir os grandes desafios do sector. A segunda dupla de entrevistados é Armando Levi, CEO da Rodi — Sinks & Ideas, e António Oliveira, presidente da OLI

Armando Levi e António Oliveira mostram confiança na retoma das exportações

Armando Levi, CEO da Rodi — Sinks & Ideas
"Desde maio que a retoma foi de 100%"

O que fez quando entramos em estado de emergência?

O primeiro desafio foi criar condições sanitárias para que todos os colaboradores se sentissem seguros. O segundo foi, sem recorrer a lay-off, evitar cortes de rendimentos e acordar com todos uma solução para contornar a redução drástica de encomendas no mês de abril. Todos os colaboradores acordaram antecipar parte das férias.

Como é que preparou a empresa para o impacto da pandemia?

Reforçar a nossa tesouraria foi o primeiro passo e agora estamos obviamente a fazer uma gestão de mais curto prazo face à incerteza da situação .

Já se sente uma renovação da confiança económica nas vossas exportações?

No sector do ciclismo desde maio que a retoma foi de 100%

António Oliveira, presidente da OLI
"Acreditamos que as exportações possam voltar aos níveis registados no tempo pré-covid"

As exportações vão demorar a voltar ao seu nível anterior?

A maior quebra verificada nas exportações da OLI aconteceu nos mercados do Sul da Europa, nomeadamente em Itália e em França, dois países que foram fortemente afetados pela pandemia. No entanto, as nossas exportações para estes dois mercados já estão a verificar uma ligeira retoma. Acreditamos que as exportações da empresa possam voltar aos níveis registados no tempo pré-covid com o ultrapassar da crise de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.

Como foi gerir o período da pandemia?

Ao nível do negócio, um dos principais desafios tem sido procurar a estabilidade económico-financeira e potenciar o nível de procura em mercados estratégicos, como o norte e o leste da Europa. Ao nível industrial, temos procurado manter a produção estabilizada e adequada à procura do mercado. Ao nível da gestão de recursos humanos, o nosso desafio tem sido motivar e estimulá-los, possibilitando a articulação do teletrabalho, do apoio à família e do trabalho presencial.

A crise obrigou a que medidas?

Intensificamos a comunicação com todos os nossos clientes, no sentido de aumentar a nossa proximidade e cooperação e, também, no sentido de obter informação crucial para o desenvolvimento de novos produtos orientados para a saúde, o bem-estar e a inclusão.