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Economia

O novo consumidor está aí: mais digital, mais racional, menos social

As vendas online disparam, mas o comércio de proximidade também cresceu e há mais mudanças no horizonte. “A crise terá consequências duradouras na forma como sentimos ou nos comportamos e na forma como nos relacionamos com as marcas e com o consumo”, diz Pedro Pimentel, da CentroMarca

Rui Duarte Silva

“Quando o nosso local de trabalho muda e todos passamos a ficar mais em casa, isso tem impacto imediato nas rotinas diárias e, consequentemente, nos percursos de compra. No limite, se uma zona de escritórios fica quase deserta, isso obriga toda a rede comercial envolvente a readaptar-se", diz Pedro Pimentel, diretor-geral da CentroMarca - Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca para explicar como a mobilidade influencia diretamente o consumo.

E com a pandemia da covid-19, o confinamento, o teletrabalho, o consumo mudou. Os números de empresas que estudam o mercado como a Nielsen são claros a apontar tendências: mostram, por exemplo, que as compras no hipermercados estão abaixo da barreira dos 30%, entre os 26% e os 27%, enquanto o comércio de proximidade recuperou fulgor e saltou de quotas próximas dos 11% até aos 16% em algumas semanas.