A estimativa inicial de António Costa apontava para um custo mensal de mil milhões de euros do Estado com a comparticipação às empresas do regime de lay-off simplificado. Em entrevista à Rádio Observador, Miguel Cabrita, secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, revê em baixa este número. De acordo com as contas do Governo, o pagamento de uma parte do salário dos 800 mil a um milhão de trabalhadores que atualmente estarão abrangidos pela medida custará ao Estado entre 300 a 400 milhões de euros por mês. Um valor significativamente inferior ao inicialmente avançado, quando se sabe que muitos empresários estão a reportar dificuldades de acesso ao mecanismo.
Até final de abril, requereram o apoio mais de perto de 100 mil empresas que empregam 1,2 milhões de trabalhadores. O apoio, referiu o secretário de Estado, foi requerido para dois terços dos trabalhadores. Miguel Cabrita garante que 70 mil destas empresas terão os pagamentos processados até esta terça-feira, 5 de maio, garantindo que a totalidade dos apoios pedidos durante o mês de abril estarão analisados e processados até 15 de maio. Em resposta às críticas de atrasos no processamento dos apoios, Miguel Cabrita garante que "o sistema está a responder e cada vez rapidamente".