Até ao final de 2020, a TAP precisará de uma injeção de capital de 600 a 700 milhões de euros para assegurar o cumprimento dos compromissos financeiros da companhia, avançam o “Jornal Económico” e o “ECO” esta quinta-feira. Isto, num cenário de regresso à atividade no segundo semestre do ano.
O valor em falta foi revelado ao “ECO” por duas fontes da TAP e surge depois do desafio de Pedro Nuno Santos. Na quarta-feira, o ministro das Infraestruturas pediu no Parlamento aos acionistas privados da TAP a revelarem o verdadeiro valor das necessidades financeiras da companhia aérea, deixando implícito que os 350 milhões a 400 milhões de euros anunciados por Humberto Pedrosa estão aquém do valor real.
Pedro Nuno Santos avisou também que qualquer intervenção do Estado na companhia aérea “implicará que o Estado, através do Governo, acompanhe todas as decisões que serão tomadas nos próximos meses”.
A TAP terá, neste momento, cerca de 300 milhões de euros de “caixa”, mas tem compromissos financeiros a cumprir. A ocorrer, a injeção de dinheiro do Estado terá de ocorrer durante o mês de maio ou, o mais tardar, no início de junho.