Economia

"A música agora é outra no que diz respeito à TAP", diz o ministro das Infraestruturas

Pedro Nuno Santos avisa que qualquer intervenção do Estado na TAP terá consequências ao nível da governação da companhia e será para defender o interesse público, e não o privado

MIGUEL A. LOPES/Lusa

“Se o Estado não estivesse na empresa [a TAP], não sabemos se ela ainda cá estava. Ter um pé na TAP [com a reversão da privatização] permite-nos discutir o seu futuro de acordo com o interesse nacional, e não de acordo com o interesse dos privados”, sublinhou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, ouvido esta quarta-feira em audição na Assembleia da República.

"A música agora é outra no que diz respeito à TAP", afirmou o ministro, lembrando que antes da Covid-19 a empresa já estava fortemente endividada. Numa intervenção posterior, em resposta ao CDS, esclareceu que a TAP tem uma dívida a rondar os 850 milhões de euros.

"É bom que todos sejamos conscientes que a nossa missão será salvar a TAP e não nenhum acionista em particular, obviamente que estamos disponíveis e interessados que os nossos parceiros na empresa acompanhem qualquer intervenção na empresa, mas têm de acompanhar", afirmou o governante.

Pedro Nuno Santos adiantou que está a ser estudado o modelo de apoio à TAP e que estão a ser avaliadas as medidas enviadas pela comissão executiva da companhia à Parpública. O Ministro deixou claro, tal como já tinha feito o primeiro-ministro, que não está excluída a possibilidade de uma nacionalização.