Economia

Covid-19. Boeing perde cada vez mais encomendas

O cancelamento de 150 modelos 737 MAX da Boeing representa metade das desistências totais sofridas pelo construtor aeronáutico norte-americano.

Os Boeing 737 MAX impedidos de voar estão parqueados na sede do contrutor em Seatle.
Lindsey Wasson

A construtora aeronáutica norte-americana Boeing anunciou esta terça-feira que cortou mais de 300 aviões da sua carteira de encomendas em março devido ao ajustamento das transportadoras à quebra de procura provocada pela pandemia do novo coronavírus.

O modelo 737 MAX é o mais atingido pela redução de encomendas em março, com 150 aparelhos cancelados. Entre as desistências do super-avião da Boeing , destacam-se 75 aparelhos da locadora aérea Avolon, 34 da brasileira Gol e cinco da Smartwings, sediada na República Checa.

A Boeing não revelou a identidade dos outros 34 clientes que cancelaram as encomendas do 737 MAX, cuja produção está suspensa há cerca de um ano na sequência de dois desastres aéreos na Indonésia e na Etiópia.

Segundo as agências internacionais, a Boeing revelou ainda que entregou apenas 50 aviões no primeiro trimestre de 2020, contra 149 aparelhos em igual período de 2019, no que é o pior desempenho desde 1984.