Os mercados da dívida pública estão a sofrer esta segunda-feira uma redefinição do risco depois do agravamento da situação nas bolsas e da guerra de preços no mercado petrolífero entre a Arábia Saudita e a Rússia.
Os investidores estão a correr aos valores de refúgio, como os títulos alemães e norte-americanos, e a penalizar nomeadamente as obrigações dos periféricos do euro com níveis de dívida mais elevados e prémios de risco superiores.
As taxas (yields) das obrigações portuguesas a 10 anos no mercado secundário da dívida subiram para 0,3%, o nível mais elevado desde final de janeiro, depois de terem fechado a semana passada em 0,25%.
Pelo contrário, as taxas das obrigações alemãs naquele prazo de referência já caíram esta segunda-feira para um mínimo de -0,86%. No caso dos títulos norte-americanos a 10 anos, o trambolhão desta segunda-feira empurrou as taxas para 0,3%, um nível jamais registado no mercado da dívida norte-americano. No prazo a 30 anos, as taxas desceram, pela primeira vez na história destes títulos, abaixo de 1%.
O Tesouro português regressa esta semana ao mercado obrigacionista com um leilão de dívida a 5 e 10 anos. A 10 anos, o leilão é o primeiro da nova linha de obrigações a vencer em outubro de 2030 lançada na operação sindicada de 8 de janeiro, em que pagou uma taxa de 0,499%.