Um em cada três telefones móveis vendidos em Portugal em 2019 foram Huawei, revelou Shen Yun, diretor geral da área de consumo da empresa chinesa em Portugal, na sequência de um encontro com jornalistas em Lisboa. O gestor está "confiante" de que 2020 vai voltar a ser um ano de crescimento e salienta que essa crença assenta nos números de 2019, que têm sido muito positivos.
Tiago Flores, o diretor pde vendas da área do consumo para Portugal da Huawei , salienta que viu os restantes produtos da marca a crescer substancialmente - um deles foram os tablets, que aumentaram 25% no passado face ao ano anterior. Outro foi o segmento dos relógios inteligentes, onde o crescimento mais do que duplicou. "A procura é grande", frisa.
A Huawei tem estado no centro de uma 'guerra' entre os Estados Unidos da América e a China, com a administração Trump a acusar a fabricante chinesa de alegada espionagem e a pressionar os países europeus para não usarem a sua tecnologia, numa altura em que muitas vezes estão a lançar o 5G, tecnologia em que a empresa é um dos líderes.
Apesar de não queres comentar questões políticas, Tiago Flores diz que a Huawei vai impor-se pelas suas vantagens tecnológicas e pelo seu pioneirismo. "Haverá grandes desafios e com muita inovação, vamos continuar a furar fronteiras", sublinhou o diretor de consumo da Huawei Portugal.
A Huawei foi o maior investidor do sector no mundo em 2019, avançou Tiago Flores. "Cada pessoa no mundo usará em média seis equipamentos conectáveis e isso é um desafio para as marcas", acrescentou. "Apesar das dificuldades (decorrentes da guerra EUA/China) continuamos a avançar, mas claro que avançaríamos mais rápido se elas não existissem", sublinhou o responsável pela área do consumo.
Em Portugal, a Huawei vai relançar em março os seus computadores, numa parceria com a Microsoft, e apostar nos dispositivos conectáveis, uma área de grande crescimento previsto com o lançamento da quinta geração móvel.
A Huawei tem uma equipa de mais 130 pessoas em Portugal e está neste momento a recrutar, esclareceu Diogo Madeira da Silva, diretor para a área das comunicações e relações institucionais. E lembrou que o escritório de Lisboa está neste momento em expansão.