É uma relação direta e que não levanta dúvidas aos especialistas. Trabalhar menos horas aumenta a produtividade. Esse é um dos benefícios que tem levado empresas e países a testarem a redução dos horários de trabalho, seja através da semana de quatro dias — uma discussão que voltou à agenda mediática — ou da diminuição de horas de trabalho diárias. Trabalhadores mais satisfeitos e motivados, melhor conciliação familiar, impactos na saúde e na natalidade são outros argumentos que pesam nesta equação. Mas embora em termos conceptuais trabalhar menos seja uma ideia que agrada a todos, o caminho não é isento de riscos. A redução dos níveis de emprego é um dos efeitos adversos que pode resultar da medida, alertam os especialistas.
Em 1930, o economista John Maynard Keynes antecipava que, no horizonte de algumas gerações, a inovação tecnológica e o aumento da produtividade tornariam possível a semana de trabalho de 15 horas. “Essa era, desde as sociedades antigas, a promessa e a razão de ser da inovação tecnológica: as máquinas permitiriam reduzir o esforço, a penosidade e o tempo de trabalho”, defendeu Manuel Carvalho da Silva, coordenador do Laboratório colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLABOR) e ex-secretário-geral da CGTP, num artigo de opinião no Expresso.
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