A esposa de Licínio Pina, presidente do Grupo Crédito Agrícola, recebeu desde 2016 e o final do ano passado uma subvenção mensal de cerca de dois mil euros para dar “estabilidade emocional” ao marido, revela o “Jornal de Notícias” esta quinta-feira. Esta situação já havia sido divulgada antes, mas Licínio Pina afirmou sempre que não era verdade.
O pagamento da subvenção foi decidido para compensar a mulher de Lícinio Pina por ter prescindido da sua carreira de professora para dar apoio ao marido, segundo explicou o próprio Licínio Pina numa carta datada de agosto de 2018.
“A minha esposa é há mais de 36 anos o meu fator de equilíbrio e sempre me ajudou. Quando aceitei este desafio, coloquei como condição tê-la ao meu lado”, escreveu o presidente do CA.
“Para o exercício das minhas funções e responsabilidades, necessito de disponibilidade total e acima de tudo, estabilidade emocional”, justificou.
A carta foi escrita em resposta a uma missiva anónima que circulou no Grupo. O caso gerou polémica e levou o Banco de Portugal a pedir explicações sobre o pagamento feito a Maria Ascenção Pina.