O economista francês Thomas Piketty, de 48 anos, saiu claramente da corrida ao Nobel em ciências económicas para a batalha das ideias na luta política. O seu novo livro “Capital et Idéologie”, de 1200 páginas, publicado em França pela Seuil, diz que a ideologia é o motor do capitalismo e que a esquerda social-democrata na Europa e nos Estados Unidos se transformou numa casta beneficiando da globalização e da revolução do conhecimento.
O título do livro continua a facturar em cima do uso da palavra-chave ‘Capital’, mas é mais do que uma sequela de “O Capital no século XXI” publicado há seis anos atrás, do qual vendeu 2,5 milhões de cópias em 40 línguas. O que lhe valeu seguramente uma pequena fortuna, que ele lamentou em entrevista no mês passado ao El País, não ter sido taxada adequadamente, pois o presidente Emmanuel Macron excluiu do Imposto de Solidariedade sobre as Fortunas a parte financeira do património.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler (também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso).