O Banco de Portugal deverá entrar com cerca de 550 milhões de euros para os cofres do Estado em 2020, de acordo com informações obtidas pelo Expresso. Este é o montante que está em cima da mesa, agora que o documento do Orçamento do Estado está em preparação no Ministério das Finanças. O supervisor diz que ainda é prematuro calcular o valor.
A remuneração do supervisor da banca corresponde a uma diminuição face aos 645 milhões de euros pagos este ano, referente aos resultados de 2018, e que corresponderam a um recorde: nunca o Banco de Portugal tinha pago dividendos tão elevados.
As estimativas atualmente em cima da mesa apontam para uma redução de 15% do dividendo que será pago no próximo passado, com as contas de 2019. “O valor de dividendos a entregar ao acionista relativamente aos resultados de 2019 só será apurado depois do final do ano, quando as contas do exercício forem fechadas”, é a resposta da autoridade liderada por Carlos Costa.
De qualquer forma, o Banco de Portugal recusa que haja mudanças no que diz respeito ao cálculo dos dividendos: “O apuramento do montante da distribuição de resultados deste ano seguirá a mesma metodologia contabilística dos últimos exercícios, sendo que, nesta fase, esta é uma matéria sobre a qual o banco não pode antecipar qualquer informação”.
A rubrica de provisões tem sido um dos grandes auxílios para o aumento dos dividendos que se verificou nos últimos anos. No ano passado, o supervisor registou lucros de 806 milhões de euros, distribuindo – como regularmente – 80% do resultado para 645 milhões.
Os contribuintes também contarão com os dividendos da Caixa Geral de Depósitos, que passarão de 200 milhões para 300 milhões, segundo os dados atualmente em cima da mesa, como noticiou o Expresso.