A defesa de Joe Berardo está a contestar em tribunal a medida preventiva que levou ao arresto das mais de duas mil obras de arte da Associação Coleção Berardo (ACB), no âmbito do processo judicial movido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e Novo Banco, que acusam o empresário de dever 962 milhões de euros.
A ação deu entrada no Tribunal da Comarca de Lisboa a 19 de setembro, avança esta sexta-feira o “Jornal Económico”.
Segundo garantiu ao jornal o empresário (sem explicar por que motivo foi realizada esta nova avaliação nem quem garantiu o seu pagamento), a sua coleção vale atualmente 1,3 mil milhões de euros.
O novo valor resultou de uma atualização da avaliação realizada em 2009 pela galeria de Miami Gary Nader — que calculava as obras, há dez anos, em 571,1 milhões de euros (509,5 milhões para as obras incluídas no acordo com o Estado e 61,6 milhões para as obras da ACB), valorizando em 61% a anterior avaliação realizada pela Christie's em 2006.
Há cinco meses um relatório do Banco de Portugal sobre uma inspeção realizada aos créditos da Caixa Geral de Depósitos revelava esta última avaliação conhecida da coleção, que inclui obras de artistas como Bacon, Dalí, Duchamp, Mondrian, Picasso, Warhol, entre outros.