Economia

Novo Banco põe €36 milhões nas Amoreiras

Projeto imobiliário em Lisboa volta a exigir dinheiro ao banco. Nova injeção servirá para iniciar obras

José Carlos Carvalho

O Novo Banco vai gastar mais €36,2 milhões, a somar aos €21,5 milhões colocados no passado, para desenvolver o terreno que detém na zona das Amoreiras, em Lisboa, e que poderá albergar a sua futura sede.

A injeção será feita mediante um aumento de capital do fundo de investimento imobiliário fechado das Amoreiras de €36,2 milhões, cuja deliberação será decidida em assembleia-geral, agendada para 10 de outubro, de acordo com a convocatória feita pela sociedade gestora, a GEF.
O banco controlado pelos americanos da Lone Star é o principal detentor das unidades de participação do fundo, que detém o terreno entre as Avenidas Conselheiro Fernando de Sousa e Duarte Pacheco e as Ruas Artilharia Um e Marquês da Fronteira, em Lisboa, avaliado em €160 milhões. É a instituição financeira que confirma ao Expresso que será ela a colocar todo o montante.

“Este reforço de capital pretende dotar a fundo para fazer face aos encargos que se preveem do desenvolvimento do projeto (todos os processos administrativos e de preparação) e, após aprovação do mesmo, início de execução das infraestruturas”, justifica a instituição liderada por António Ramalho. A missão do fundo imobiliário é o desenvolvimento deste projeto imobiliário, destinado à habitação e serviços.

Este terreno é uma das hipóteses para a construção da nova sede do Novo Banco, atualmente na Avenida da Liberdade — o banco diz que ainda não há decisão final. O imóvel foi parar ao banco, de que o Fundo de Resolução é acionista, já que tinha sido o BES a financiar a empresa de promoção imobiliária Temple, de Vasco Pereira Coutinho. Nessa altura, o reconhecimento da hipoteca foi concretizado através de um aumento de capital do fundo de €163 milhões em 2015. Nos anos seguintes, houve dinheiro fresco do banco a entrar no fundo para assegurar a sua manutenção e atividade para futuro desenvolvimento imobiliário. Em 2016 e 2017, foram colocados €21,5 milhões. Sem a ajuda do outro participante, a misteriosa sociedade Banny Investissements, foi o Novo Banco a assegurar as injeções.