A bolsa de Hong Kong regista uma quebra de 4,9% desde o impacto das primeiras manifestações massivas a 9 de junho do movimento democrático contra a lei da extradição.
Com a perda de 2,2% em três sessões consecutivas esta semana, o Hang Seng, o índice bolsista, já registou, desde o início dos protestos de massa, uma queda superior às de 4,8% registadas durante os movimentos democráticos de outubro e novembro de 2011 e de setembro a dezembro de 2014.
Nas 55 sessões já decorridas desde 9 de junho, o Hang Seng ultrapassou as perdas entre 15 de outubro e 25 de novembro de 2011 ao longo de 41 sessões, e entre 26 de setembro e 17 de dezembro de 2014, ao longo de 82 sessões, o período mais longo de protestos de massa até à data.
O recorde histórico de perdas do Hang Seng durante um período de crise política após a transferência da administração da colónia britânica para a China registou-se em 1989, entre 27 de maio e 6 de junho, ao longo de 10 sessões da bolsa. O impacto dos movimentos democráticos em Hong Kong a favor das manifestações populares em Tiananmen em Pequim e contra a repressão das autoridades chinesas custou um recuo de 27% no índice Hang Seng.
O estudo destes impactos feito esta semana pela consultora norte-americana Elliott Wave International sublinha, no entanto, que depois das quebras de 1989, 2011 e 2014, o Hang Sang registou disparos assinaláveis nos ganhos.