Economia

Vindimas. Portugal prevê um crescimento de 10% na produção

Todas as regiões crescem, à exceção do Tejo e de Lisboa, diz o IVV

A produção de vinho na campanha de 2019/2020 pode atingir os 6,7 milhões de hectolitros, o que representa um aumento de 10% relativamente à vindima do ano passado, anunciou esta sexta-feira o IVV - Instituto da Vinha e do Vinho.

A previsão de colheita, hoje divulgada pelo IVV, aponta para subidas na produção em todas as regiões à exceção do Tejo (-5%) e de Lisboa (-10%). E as maiores subidas, na ordem dos 30%, serão registadas nas Terras do Dão, Terras da Beira e Douro e Porto.

Na análise do IVV ao quadro nacional, "no geral, as uvas apresentam-se num bom estado fitossanitário sem registo de doenças ou pragas que causassem prejuízos significativos, consequências das condições climatérias favoráveis verificadas até à data",

Olhando para o mapa nacional, o IVV antecipa crescimentos de 5% para o Algarve, 10% para o Minho, Península de Setúbal, Alentejo e Madeira, 20% para Trás-os-Montes, 11% nos Açores, 30% para o Douro e Porto, 35% nas Terras do Dão e nas Terras da Beira, 25% nas Terras de Cister.

Na Beira Atlântico, a estimativa hoje divulgada refere um aumento de produção de 5% o que significa, mesmo assim, que a região fica 18% abaixo da média das últimas campanhas.

No ano passado, as condições meteorológicas menos favoráveis, “propícias ao míldio e oídio” (doenças da videira) deixaram Portugal nos 6,1 milhões de hectolitros, abaixo dos 6,7 milhões de 2017, o que deu ao país o 12º lugar no campeonato da produção de vinho, sendo um dos poucos países que contrariaram a tendência global de alta, ao lado da Grécia. Mesmo assim, a vindima lusa de 2018 rendeu mais do que as previsões iniciais avançadas pela OIV - Organização Internacional da Vinha e do Vinho e pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, que apontavam para os 5 milhões de hectolitros, o valor mais baixo do século XXI.