Economia

Decorre no CCB arresto das obras de Joe Berardo

A medida foi decretada esta segunda-feira na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco, credores da coleção de arte moderna. Empresário diz não ter sido notificado

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Estão a decorrer no CCB as diligências para o arresto da colecção de obras de arte de Joe Berardo, avança o “Jornal Económico”, medida decretada esta segunda-feira na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco, credores da coleção de arte moderna.Mas ninguém está a mexer nas obras ou a pensar em tirá-las do seu lugar. Aquilo que os agentes de execução fazem neste momento é identificar as obras uma a uma para que não possam ser transacionadas, evintando também o seu desaparecimento. E o Museu Berardo está a funcionar em pleno.

O arresto é um passo dado antes da penhora que permite negociações da dívida das obras arrestadas e a interposição de recursos por parte do proprietário.

No início da semana, após a notícia do arresto ser dada pelo “Público”, o assessor do empresário reagiu, negando a receção de qualquer notificação nesse sentido. “Três arrestos anunciados pela comunicação social. Nenhum notificado pelos tribunais”, referiu numa mensagem escrita enviada à Lusa.

A declaração mencionaria também o arresto de parte da Quinta Monte Palace Tropical Garden, na sequência de uma providência cautelar movida pela CGD, e de duas casas em Lisboa, também propriedade do empresário.

De acordo com a notícia de segunda-feira", a solução encontrada para resolver a dívida de quase mil milhões de euros aos três bancos, e garantir a permanência da coleção no CCB, nas mãos do Estado, foi encontrada por negociação entre as instituições financeiras e os ministérios das Finanças, da Cultura, da Economia e da Justiça.