Economia

Quer poupar na fatura da luz? O regulador criou um simulador que o pode ajudar

Baixar a potência contratada de 6,9 para 3,45 kVA pode render uma poupança anual de 66 euros a cada família. Para ajudar os consumidores a perceber se devem ou não baixar a potência da sua habitação, a ERSE lançou um novo simulador

Yunio Baro Gomez / EyeEm

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) decidiu assinalar o Dia Mundial da Energia, esta quarta-feira, com o lançamento de um novo simulador. Trata-se de uma página onde os consumidores podem saber com detalhe qual a potência que precisam de contratar na sua habitação, e se têm ou não margem para economizar no termo fixo da fatura da luz.

O novo simulador, que pode ser usado a partir do site da ERSE, permite ao utilizador aceder a vários perfis de consumo e personalizá-los, acrescentando ou retirando os mais diversos equipamentos, para perceber qual é o pico de consumo da sua habitação e o escalão de potência adequado para cobrir essa procura.

O simulador convida o consumidor a indicar quais os aparelhos que habitualmente usa em simultâneo, para calcular a potência máxima em uso e sugerir se há algum potencial de poupança na fatura.

Segundo a ERSE, até aos 6,9 kVA de potência, cada descida de escalão pode permitir ao consumidor uma poupança anual da ordem dos 22 euros. Assim, se uma família que é servida em 6,9 kVA conseguir mudar a potência contratada para 3,45 kVA (descendo três escalões) conseguirá economizar 66 euros por ano.

O novo simulador é acompanhado por um guia com perguntas e respostas, onde o regulador recorda, entre outras coisas, que não há um número limite de mudanças de potência por ano. E o processo de mudança é gratuito, mas requer o agendamento de uma visita ao local de técnicos do distribuidor de eletricidade.

Atualmente a maior parte das famílias já está na potência de 3,45 kVA (são 2,8 milhões de consumidores, ou 45% do total), pelo que nestes casos dificilmente haverá margem para descer o escalão (o mais baixo é de 1,15 kVA, potência insuficiente para ligar um aquecedor a óleo ou um ferro de engomar, por exemplo). Mas há 1,6 milhões de consumidores (25% do total) nos 6,9 kVA, para os quais poderá haver mais margem para reduzir a potência contratada.