O Santander Totta vai aumentar os custos com operações de clientes que não têm contas ativas ou que não têm grande interação com a instituição, confirmou o presidente executivo, Pedro Castro e Almeida, esta terça-feira, 7 de maio, em Lisboa.
“Com conta ativa, esse cliente não irá pagar em todas as transferências que quiser. O que podemos ter é, num conjunto de clientes que podem ter um cartão nosso, mas que não têm contas ativas, [um limite ao] conjunto de operações sem pagar”, explicou o CEO do banco de capitais espanhóis.
O aumento do custo será sentido nas aplicações exteriores ao banco, o que vai afectar a utilização direta da aplicação MB Way. Ou seja, só usando a aplicação interna do Santander é que estes clientes “passivos”, ou “esporádicos”, estarão isentos. Há aqui um objetivo de direcionar os clientes para a sua aplicação - que a partir daí usem aplicações como o MB Way -, em vez de ser por uma aplicação externa.
O que é certo que é que os clientes Santander que tenham o cartão do banco destinado aos jovens não vai pagar em qualquer aplicação existente. Ficam isentos nos novos encargos.
Castro e Almeida quis deixar claro que, com estas condições, “a grande maioria não vai pagar”. “Vamos privilegiar aqueles que trabalham mais com o Santander. Quem tem relação connosco não irá pagar”, declarou.
O CEO do Santander Totta admitiu que a “comunicação tem falhado” sobre o tema de novas comissões, repetindo aquilo que foi dito por Pablo Forero, o presidente executivo do BPI, que já promoveu esse agravamento das comissões por utilização do MB Way fora da sua aplicação. O BCP também vai impor custos nesse sentido.
Havendo comissões pelas operações em aplicações externas, a diferenciação será pelos preçários que cada banco vai implementar, lembrou.
“Em Julho haverá mais novidades”, prometeu, dizendo que será nessa altura que o novo preçário será implementado, com o lançamento da nova aplicação do Santander. O objectivo do banco, sintetizou Castro e Almeida, é o que o contato do cliente tem de ser direto e não através de aplicações de outras entidades.
“É preciso ter primeiro contacto com cliente. Se perdemos essa guerra, podemos perder qualquer tipo de relação que temos com os clientes”, sublinha.