Faria de Oliveira afirma que a sua relação com o governo podia ter sido mais construtiva já que o país vivia uma situação de crise, durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito à CGD esta sexta-feira.
"A minha relação com a tutela podia ter sido mais construtiva, realista face à situação que o país vivia", afirmou o ex-presidente da Caixa desde 2012 a liderar a Associação Portuguesa de Bancos. E acrescentou que apesar de ter tido várias reuniões e telefonemas com "vários ministros sectoriais para olhar para um número de operações" nunca sentiu qualquer pressão em nenhuma decisão de investimento ou concessão de financiamento.
Quando questionado sobre um financiamento concedido à filha de Armando Vara durante o seu mandato, por um prazo de 90 anos, Faria de Oliveira referiu não ter nenhuma explicação para tal. "Nunca tinha ouvido falar desse crédito", mas quando saiu a noticia "perguntei se era verdade, mas disseram-me que não era", assegurou. E quando questionado sobre quem lhe transmitiu tal informação referiu ter sido "Francisco Bandeira quem tinha o pelouro na altura".
A audição começou ás 14h30 e terminou três horas e meia depois sem que tivesse sido feito qualquer interrupção. Sobre outras questões, nomeadamente sobre quem manifestou interesse em compra a La Seda , Faria de Oliveira disse poder responder a isso mas à porta fechada.