O falecimento de João Vasconcelos "apanhou-me de surpresa, foi uma notícia que me deixou muito triste", salienta Bruno Bobone, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCPI) e também presidente do conselho de administração do grupo Pinto Basto.
"Era uma pessoa cheia de atividade, um homem que estava sempre presente, com vontade de levar Portugal por diante", lembra Bruno Bobone, frisando que João Vasconcelos "pensava a indústria em Portugal, como há poucos, fez um excelente trabalho como secretário de Estado da Indústria, e vai fazer muita falta".
O empresário Jorge Armindo, presidente do conselho de administração da Amorim Turismo, tinha uma relação próxima e de longa data com João Vasconcelos, sobretudo por via da amizade com o seu filho. "Foi uma notícia terrível e chocante, ainda ontem ele falou com o meu filho", salienta Jorge Armindo, referindo que João Vasconcelos "era uma pessoa extremamente ativa, competente, de relação fácil, e com todas as caraterísticas reservadas aos que estão acima da média, sempre tive dele a melhor das impressões".
"Conhecia bem o João Vasconcelos, antes de ser Secretário de Estado da Indústria, era uma pessoa que gostava de ouvir as minhas opiniões, e cheguei a ir com ele visitar a Startup Lisbon, um projeto em que ele estava muito empenhado", conta Jorge Armindo. Segundo o empresário, João Vasconcelos era uma pessoa "a quem se augurava um grande futuro, não só a nível empresarial, como a nível político", e não tem dúvidas que "era, mais tarde ou mais cedo, um ministeriável".
Para o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Paulo Nunes de Almeida, a notícia também foi um choque. "Tinha uma grande relação de amizade e companheirismo com o João Vasconcelos, apesar de ser mais novo do que eu. Acompanhei-o desde que foi para a Associação Nacional de Jovens Empresários, da qual fui fundador", refere o presidente da AEP, enfatizando a sua "grande aproximação e pontos de vista semelhantes" com João Vasconcelos quando este assumiu o cargo de secretário de Estado da Indústria.
"Tinha uma visão para o desenvolvimento do país e um novo caminho para a indústria, com uma aposta muito grande nas tecnologias e na inovação, e como secretário de Estado acompanhou de perto a atividade da AEP", garante Paulo Nunes de Almeida, frisando que "Portugal perdeu uma pessoa que era daquelas que fazia a diferença e que ainda tinha muito para nos dar".