Ausente mas omnipresente. Foi assim a participação de Álvaro Santos Pereira, diretor do departamento de estudos sobre países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) na apresentação do muito antecipado Economic Survey a Portugal.
Tal como o Expresso tinha avançado, depois do braço de ferro que opôs o Governo português ao ex-ministro da Economia de Pedro Passos Coelho, por causa da análise sobre a corrupção, Santos Pereira ficou de fora da cerimónia oficial, que decorreu no Salão Nobre do Ministério da Economia, em Lisboa. Mesmo se liderou a equipa que preparou o documento. Contudo, foi um ator principal da cerimónia. E não só pela sua fotografia na parede, numa galeria que reúne os antigos titulares da pasta. Num evento em que Angél Gurría, secretário-geral da OCDE, teceu elogios ao caminho percorrido por Portugal, em tom conciliador, e Pedro Siza Vieira, ministro-adjunto e da Economia, e Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado-adjunto e das Finanças, manifestarem “satisfação” e autoelogiarem o trabalho do Governo, a ausência de Álvaro Santos Pereira e a questão da corrupção foram notas comuns a todas as perguntas dos jornalistas (poucas e cortadas), apesar de terem primado pela ausência nas intervenções oficiais.
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