Economia

Braço-de-ferro entre o Governo e a OCDE: a polémica ainda vai no adro

Álvaro Santos Pereira ficou fora da fotografia oficial no dia da apresentação do relatório da OCDE sobre Portugal. Mas vai ser ouvido no Parlamento

Ángel Gurría, secretário-geral da OCDE, apresentou o relatório ao lado de Pedro Siza Vieira, ministro-adjunto e da Economia
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Ausente mas omnipresente. Foi assim a participação de Álvaro Santos Pereira, diretor do departamento de estudos sobre países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) na apresentação do muito antecipado Economic Survey a Portugal.

Tal como o Expresso tinha avançado, depois do braço de ferro que opôs o Governo português ao ex-ministro da Economia de Pedro Passos Coelho, por causa da análise sobre a corrupção, Santos Pereira ficou de fora da cerimónia oficial, que decorreu no Salão Nobre do Ministério da Economia, em Lisboa. Mesmo se liderou a equipa que preparou o documento. Contudo, foi um ator principal da cerimónia. E não só pela sua fotografia na parede, numa galeria que reúne os antigos titulares da pasta. Num evento em que Angél Gurría, secretário-geral da OCDE, teceu elogios ao caminho percorrido por Portugal, em tom conciliador, e Pedro Siza Vieira, ministro-adjunto e da Economia, e Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado-adjunto e das Finanças, manifestarem “satisfação” e autoelogiarem o trabalho do Governo, a ausência de Álvaro Santos Pereira e a questão da corrupção foram notas comuns a todas as perguntas dos jornalistas (poucas e cortadas), apesar de terem primado pela ausência nas intervenções oficiais.

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