Em 2008 e 2009, acossado perante as críticas que questionavam como era possível que manipulações como as levadas a cabo pelas administrações do BCP e do BPN tivessem escapado aos olhos do regulador, Vítor Constâncio, então governador do Banco de Portugal, defendeu-se uma e outras vezes com um argumento: as fraudes e irregularidades cometidas ao mais alto nível nas empresas só são detetadas quando alguém de dentro as denuncia. Dez anos depois, apesar de a supervisão se ter tornado mais intrusiva, a História parece continuar a dar-lhe razão: dos esquemas de lavagem de dinheiro no Danske Bank à espetacular queda de Carlos Ghosn na Nissan, do Wells Fargo à UBS e ao HSBC, boa parte dos escândalos empresariais dos últimos anos vieram a lume depois de os funcionários terem acionado os alertas internos.
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