Economia

Tribunal de Tóquio liberta Carlos Ghosn, ex-patrão da Nissan

O ex-presidente da aliança Nissan-Renault pagará uma fiança e aguardará o julgamento em liberdade

Carlos Ghosn, 64 anos, numa visita a uma fábrica da Renault. A sua detenção no Japão mancha irremediavelmente o seu currículo
ETIENNE LAURENT / EPA

O Tribunal de Tóquio decidiu esta quinta-feira não prolongar a detenção de Carlos Ghosn, o ex-presidente da aliança Nissan-Renault, indeferindo o pedido do Ministério Público. O gestor, acusado de desvio de fundos e fraude fiscal, poderá ser libertado ainda hoje ou amanhã.

Carlos Ghosn está há mais de um mês em prisão preventiva, depois de ter sido detido à chegada a um aeroporto de Tóquio. É acusado de ter violado as leis financeiras do país e de ter prestado falsas informações sobre os salários que recebia nos relatórios da NIssan.

De acordo com a imprensa japonesa, o gestor poderá ser libertado já amanhã, após o pagamento de fiança e aguardar o julgamento em liberdade.

O executivo sempre afirmou a sua inocência. A Procuradoria de Tóquio já avisou que pretende recorrer da decisão do tribunal de libertar Ghosn. O vice-procurador, Shin Kukimoto, respondeu laconicamente: O gabinete "reagirá adequadamente" à nova realidade.

O tribunal rejeitou também a prorrogação da detenção do braço direito de Carlos Ghosn, o norte-americano Greg Kelly.

É invulgar no Japão um tribunal aceitar libertar um suspeito sob fiança, em vez de prolongar a detenção.