Vivemos num período em que as equipas já não são estritamente definidas pelo espaço físico do escritório. É a nova realidade com impacto também na forma como as empresas se relacionam com os clientes. Por outras palavras, são algumas das tendências da "Mobilidade e Produtividade" que estiveram em conversa na sessão de hoje do Ativar o Futuro.
O projeto da Expresso e da Microsoft - que promove a discussão à volta dos tópicos tecnológicos mais prementes e com mais influência junto das PME e grandes empresas - teve hoje o seu segundo debate no edifício sede da Impresa com a conversa moderada pelo diretor do Expresso, Pedro Santos Guerreiro, a estar focada na forma como a tecnologia se relaciona com o trabalho.
Se é certo que "diferentes gerações têm diferentes formas de aprender", como vincou o diretor executivo da área de vendas de soluções e tecnologia da Microsoft, Pedro Borges, uma coisa é certa: "O local de trabalho digital vai ser o novo normal." Claro que a introdução de ferramentas tecnológicas deve "ter aplicação palpável no dia a dia", para Maria João Carioca. Membro do conselho de administração da CGD, defende a necessidade de "olhar para a mobilidade como forma de fazer pontes entre nós e os clientes."
"Começa a ser difícil ter equipas que não estejam dispersas por diferentes pontos geográficos", aponta o presidente de soluções comerciais da EDP, Miguel Stilwell, que utilizou os princípios utilizados na construção da mais recente sede da empresa como exemplo de "uma diferente forma de estar."
Mentalidades a evoluir, em que "a facilidade com que se comunica abriu a porta a que a tecnologia se tornasse mais ágil", defende Rui Miguel Nabeiro, administrador do Grupo Nabeiro-Delta Cafés. "Fator muito importante" nestas alterações, segundo o CEO da Wedo Technologies, Rui Paiva, "foi a mudança no custo da computação", cuja descida de preços permitem uma disseminação de ferramentas que, até há uns anos, era impensável.
Processo que não é exclusivo dos privados e em que o Estado também se procura posicionar (apesar da "falta de comunicação", como lembrou Rui Paiva) para corresponder aos novos anseios dos cidadãos. Campo em que, a nível europeu, "somos dos mais evoluídos nos processos tecnológicos judiciais", revela o chefe de gabinete da secretária de estado da Justiça, Tiago Silva Abade. Num meio onde, por exemplo, mais de 7 milhões de pessoas são atendidas por ano na rede de conservatórias importa que "a inovação seja fixada". Ou seja, "independentemente das políticas, há cortes que não podem acontecer."
Fica o aviso.