O El País noticiou hoje que a Guarda Civil deteve esta manhã, em Madrid, o ex-banqueiro espanhol por, supostamente durante meses, ter repatriado de dinheiro de que se apropriou nos anos 80, início dos anos 90 do século passado.
A operação que se desenrola neste momento inclui buscas em domícilios particulares de Mário Conde e em várias sociedades pelo ex-banqueiro em Espanha para disfarçar o retorno de milhões de que se apropriou no Banesto, banco mais tarde absorvido pelo Santander.
Além de Mário Conde, diz o EL País, há mais sete pessoas envolvidas neste processo, uma delas é a filha, Alejandra. Todos eles terão ajudado durante meses a repatriar o dinheiro. Mário Conde, hoje com 68 anos, terá repatriado nos últimos anos cerca de 10 milhões de euros. Todos os indícios apontam para que tenha sido dinheiro roubado do Banesto, diz o El País.
A detenção do ex-banqueiro acontece 23 anos depois de ter rebentado o caso Banesto e 11 anos depois de Mário Conde ter abandonado a prisão, a que foi condenado pelo Tribunal Supremo em junho de 2020. Era então acusado de apropriação indevida, furto e falsificação de documentos.
Mário Conde deixou um buraco de 2,7 mil milhões de euros no Banesto. O banco foi intervencionado pelo Banco de Espanha em 1993.
O Tribunal sentenciou que Mário Conde não informou sobre o destino de somas de dinheiro milionárias transladadas para sociedades estrangeiras vinculadas a ele. Tinha sido por exemplo 600 milhões de pesetas (3,6 milhões de euros) para um conta na Suíça denominada Argentia Trust.