ARQUIVO Sismo no Japão

Japão: 16.800 mortos e desaparecidos

De acordo com a polícia, 6.539 mortos foram confirmados enquanto o número de desaparecidos se situa atualmente em 10.354. Clique para visitar o dossiê Sismo no Japão
Equipas de busca e salvamento cumprem um minuto de silêncio em memória das vítimas
Lee Jae-Won/Reuters

O último balanço do sismo e tsunami que atingiram o nordeste do Japão a 11 de março fixou-se hoje em mais de 16.800 mortos e desaparecidos.

De acordo com a polícia, 6.539 mortos foram confirmados enquanto o número de desaparecidos se situa atualmente em 10.354.

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Uma semana depois, este balanço deve continuar a registar uma subida acentuada porque são poucas as esperanças de encontrar sobreviventes, indicou a polícia.

Desde 1923, ano em que o terramoto de Kant, com uma magnitude de 7,9, fez 142.807 mortos e desaparecidos em Tóquio e arredores, que um sismo não provocava tantas vítimas. Este sismo já ultrapassou os 6.434 mortos contabilizados no terramoto de Kobe, em 1995.

Minuto de silêncio

No preciso momento em que a 11 de março a terra tremou no nordeste do Japão, às 14h46 locais (05h46 em Lisboa), foi observado hoje um minuto de silêncio.

Centenas de desalojados, na sua maioria idosos, presentes num centro de acolhimento da cidade de Yamada (prefeitura de Iwate), prestaram homenagem às vítimas mortais do violento sismo e do tsunami que se lhe seguiu.

Após um minuto de silêncio, os sobreviventes, embrulhados em cobertores devido ao frio, deram as mãos e fizeram uma vénia.

Arrefecer Fukushima

Entretanto, as autoridades japonesas recomeçaram hoje as operações destinadas a arrefecer o combustível do reator 3 da central de Fukushima, com a ajuda de camiões cisterna equipados com canhões de água.

Pelo menos sete veículos das Forças de Autodefesa, nome oficial do exército nipónico, vão revezar-se para despejar dezenas de toneladas de água com o objetivo de impedir as barras de combustível de entrar em fusão e evitar assim um acidente nuclear sem precedentes.

"Os camiões das Forças de Autodefesa começaram a arrefecer o reator 3", confirmou um responsável do ministério da Defesa.