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Óscares

Tudo em Hollywood ao mesmo tempo: será “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo” o grande vencedor dos Óscares este domingo?

Há um vírus à solta no mundo do cinema: está a pôr toda a gente a votar num filme improvável e a fazer de 2023 um ano histórico

Se há três meses alguém dissesse que “Top Gun: Maverick” e “Avatar: O Caminho da Água” estariam na lista de nomeados a Melhor Filme ou que uma comédia maluca, como “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo”, podia ser a fita mais oscarizada do ano, eu responderia que era impossível. Também pensei o mesmo quando Donald Trump se candidatou à Casa Branca, em 2016. A América não cessa de nos surpreender.

É certo que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas mudou bastante nos últimos anos, ao incorporar gente de muita origem e muito mundo para cortar com o perfil WASP (acrónimo que em inglês significa branco, anglo-saxónico e protestante) e o espírito tradicional que a caracterizavam. Mas também é necessário ter em conta o estado atual da indústria, as várias incertezas com que se debate, num panorama em que se navega à vista num mar de escolhos.