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Devem os Óscares celebrar apenas a arte? Spielberg defende que os resultados em bilheteira também importam

O sector só não teve mais colapsos porque houve dois filmes, em 2022, que puxaram quantidades massivas de espectadores (muito maioritariamente) jovens para os cinemas. O primeiro foi “Top Gun: Maverick”, “Avatar: O Caminho da Água” o segundo. Estão ambos na lista de nomeados para Melhor Filme e Spielberg considera que Tom Cruise “salvou o coiro a Hollywood” com o seu filme. Os Óscares são entregues na noite de domingo para segunda-feira, em Hollywood

Dave J Hogan/Getty Images

Se há três meses alguém dissesse que “Top Gun: Maverick” e “Avatar: O Caminho da Água” estariam na lista de nomeados a Melhor Filme ou que uma comédia maluca, como “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo”, podia ser a fita mais oscarizada do ano, eu responderia que era impossível. Também pensei o mesmo quando Donald Trump se candidatou à Casa Branca, em 2016. A América não cessa de nos surpreender.

É certo que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas mudou bastante nos últimos anos, ao incorporar gente de muita origem e muito mundo para cortar com o perfil WASP (acrónimo que em inglês significa branco, anglo-saxónico e protestante) e o espírito tradicional que a caracterizavam. Mas também é necessário ter em conta o estado atual da indústria, as várias incertezas com que se debate, num panorama em que se navega à vista num mar de escolhos.