Nas ruas de Cannes, a pergunta que toda a gente se coloca para esta noite é: “Haverá greve?” Pode o festival decorrer se os seus trabalhadores precários, contratados a prazo, alguns nem isso, decidirem travar a festa, em protesto? É pouco provável que alguém apague a luz quando chegar a hora de subir a passadeira vermelha. Mas a massa humana que põe a roda de Cannes a girar, os seus trabalhadores na sombra – são centenas de pessoas! - já deixaram bem claro que vão fazer ouvir-se.