Ponhamos as coisas nestes termos: o que mais falta a esta proliferação de imagens em movimento que povoam todos os ecrãs deste mundo? Falta Cinema, isto é, a prática de uma linguagem que se esforce por encontrar uma especificidade funcional e estilística para narrar, com elegância e inventiva, em imagens e sons — sobretudo imagens, se quisermos ser puristas —, o que não consegue ser contado por outros meios.
E se falta Cinema, então poderemos estar gratos às parcas, ou a quaisquer outras entidades que controlam o curso desta vida, por nos terem posto em caminho “O Assassino”, de David Fincher.