Baseado no livro homónimo que o jornalista americano David Grann publicou em 2017, “Assassinos da Lua das Flores” não é o filme que Martin Scorsese havia inicialmente previsto quando pegou no projeto. O livro tem um subtítulo — “The Osage Murders and the Birth of the FBI” — do qual Scorsese vai desviar-se consideravelmente. Digamos para atalhar caminho que a investigação policial desta não-ficção cedeu terreno a um desenvolvimento emocional muito mais vasto no guião cinematográfico, coassinado pelo cineasta, Eric Roth e pelo próprio Grann.
O resultado é um épico com produção à mesma escala, financiado pela Apple, que o exibirá em streaming após a estreia em sala, e o primeiro western — se é que assim se pode chamá-lo — de Scorsese, ele que, aos 80 anos, não se tinha ainda aproximado do mais clássico dos géneros do cinema americano.